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domingo, 26 de setembro de 2010

OSCAR WILDE - O RETRATO DE DORIAN GRAY (WILDE, Oscar Fingall O' Flahertie Wills - Domínio Público)


Antes de começar a escrever sobre Oscar Wilde, gostaria de reparar uma falha comum vista em quase todos os sites que fazem a sua biografia, falando sempre a respeito de um "movimento estético" ou da "arte pela arte" sem mencionar que Wilde foi um dos maiores escritores DECADENTISTAS que já tivemos. Amante desse estilo que além da estética na escrita, da arte pela arte, tinha também como características a figura do dândi, do andrógino, o prazer pela arte, a rejeição ao natural entre outras.
Oscar Wilde, grande escritor, contemporâneo de nomes consagrados como Verlaine e Mallarmé, conheceu a glória e a ruína. Obteve fama como escritor, mas pagou um alto preço por querer viver do seu jeito numa época errada. Casado, dois filhos e no auge de seu prestígio, se apaixonou por um jovem aproveitador que o levou a ruína. Foi condenado a 2 anos de prisão, pois na Inglaterra o homossexualismo era considerado crime.
O DECADENTISMO é a arte pela arte, sem servir a nada e a ninguém, assim como a vida de Wilde, que não se importava com as convenções de sua época.
Escritor Decadentista e grande representante dessa forma de fazer Literatura, legou a todos esse livro espetacular, trazendo a baila os traços inconfundíveis do decadentismo no livro O Retrato de Dorian Gray.
O livro conta a história de um jovem que após fazer um pacto, permanece com sua aparência jovem como no seu retrato pintado por um amigo. De acordo com o tempo e mudanças de sua vida, o quadro sofre as transformações e alterações, enquanto ele permanece sempre com aparência jovem.
O personagem Lorde Henry é um coadjuvante perfeito para a história, destilando epigramas divertidíssimos. Henry é um dândi adorável, encantador e influenciador.
O Retrato de Dorian Gray é uma leitura fantástica, com uma interrogação até a última página. Leitura Obrigatória.
Boa Compulsão a todos!!!

segunda-feira, 6 de setembro de 2010

CLARICE LISPECTOR - PERTO DO CORAÇÃO SELVAGEM (LISPECTOR, Clarice - Ed.Círculo do Livro)


Ler Clarice pela primeira vez foi delicioso e conhecê-la pelo primeiro livro que escreveu, foi melhor ainda.
Perto do Coração Selvagem foi escrito quando a autora saia da adolescência e dava seus passos iniciais rumo a uma carreira de sucesso no mundo das Letras. O Título do livro foi tirado da epígrafe do escritor irlandês James Joyce, mostrando que bons autores influenciavam sua escrita.
Clarice Lispector não exerce unanimidade perante os leitores, digo isso por conhecer pessoas que não apreciaram sua leitura, mesmo lendo vários de seus livros. O inegável é que os que não leram, tem obrigação de fazerem suas próprias constatações.
Em quase todos seus livros, Clarice se desnuda para o público na forma de suas personagens. A autora constrói uma aura introspectiva, mas de uma inquietação pulsante no enredo das personagens, e como imã, nos atrai para o centro de toda essa manifestação de pensamentos e sentimentos. Existe um universo paralelo em suas histórias, onde o físico se locomove a 10 km/h e o existencial corre a 100 km/h.
Perto do Coração Selvagem é a história de Joana, mas poderia ser a de Maria, Andréia, Marcela, Carolina, Clarice e tantas outras que algum dia hão de se reconhecer. Vale a pena ler e tentar entender como uma jovem adolescente conseguiu transmitir tanta experiência e vivência que ainda sequer havia experimentado.
Clarice e suas personagens mulheres, traço inconfundível de quem traduziu para o papel, vozes contidas nos arcabouços femininos.
Boa Compulsão a todos!!!